Previdência Privada: como funciona?

O endurecimento das regras do governo para a aposentadoria fez com que muitas pessoas procurassem entender sobre a Previdência Privada, como funciona.

As alterações  das regras do governo para a previdência pública, pelo INSS (Instituto Brasileiro de Seguro Social) fez com que muitas pessoas tivessem dúvidas na pergunta “Previdência Privada: como funciona?” e “por que fazer?”.

Entenda neste post, como funciona previdência privada, quais são os benefícios e características dos planos que são ofertados no mercado.

O que é Previdência Privada?

A Previdência Privada é um investimento para planejar a aposentadoria, que é oferecido por Seguradoras (por intermédio de corretoras de seguros), investimentos de crédito ou bancos. Esse tipo de aposentadoria é independente e desvinculado da previdência pública do INSS.

A reforma da previdência foi justamente o que aqueceu o mercado dos planos de Previdência Privada. 

Segundo dados da FenaPrevi ( Federação Nacional de Previdência Privada e Vida), a busca por uma Previdência Privada complementar à pública cresceu 7,9% em 2017, enquanto a portabilidade dos planos teve aumento de 25% em 2018. Em 2019, a busca pela Previdência Privada cresceu 16,9%.

A principal característica desse plano de aposentadoria privada é realizar um acúmulo de capital por tempo determinado e depois resgatá-lo para finalidades diversas. É vantajoso para quem quer maior independência financeira após um certo período, pagar a universidade dos filhos ou honrar as prestações de um imóvel e até mesmo ter uma renda complementar em paralelo à aposentadoria pública.

Ou seja, a previdência privada vale a pena para que você não deixe a segurança financeira futura sua, e da sua família, em risco esperando o auxílio do governo. 

É importante lembrar que a Previdência Privada não é a mesma coisa que seguro de vida familiar. Ambos são importantes para sua família, porém existem diferenças entre eles, que devem ser conversadas com um corretor de seguros de confiança. 

Como funciona a Previdência Privada para aposentadoria?

Antes de saber como fazer uma previdência privada, é importante entender como funciona a previdência privada, se atentando a alguns detalhes.

O valor acumulado, para posterior resgate , pode ser depositado todo de uma vez no plano de previdência ou por meio de mensalidades durante um determinado período ou até mesmo de forma vitalícia.

É importante entender que a Previdência Privada é um investimento a longo prazo, mas que pode ser resgatado antes do período. Neste caso, o contratante vai solicitar o valor acumulado, mas irá pagar taxas referentes ao resgate do investimento. É importante ter atenção, também, aos prazos de carência para efetuar o resgate do valor acumulado. 

Essa é uma das grandes diferenças dos planos de previdência em relação aos fundos de investimento comum, que são mais indicados para metas de curto e médio prazos.

Porém, ela não serve apenas para se pensar na aposentadoria. Se você já pensa em garantir um futuro financeiro tranquilo a sua família, ou até mesmo se você tem filhos e deseja pagar a faculdade deles futuramente, investir em uma Previdência Privada pode ser um bom plano.

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Como funciona: previdência privada infantil

A Previdência Privada Infantil é muito pensada em quem quer garantir a segurança financeira no início da vida adulta dos filhos.

Seja para pagar a faculdade, um intercâmbio ou até comprar um carro. Quanto antes começar, mais os pais conseguem poupar e fazer o dinheiro render. 

Ela pode ser contratada pelos pais ou até mesmo por terceiros, com autorização do responsável legal. Ela também pode ficar no nome da criança, caso ela tenha um CPF válido. 

Quais os tipos de Previdência Privada?

Ainda no quesito como funcionam os planos de previdência privada, existem três fatores que devem ser compreendidos:

  • Categoria do plano;
  • Tributação;
  • Estratégia (agressiva, moderada ou conservadora).

Categorias

As pessoas podem contratar duas categorias de planos de previdência: VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) ou PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre).

A escolha por cada um deles vai depender de como a pessoa declarada o Imposto de Renda:

  • VGBL: é para aqueles que não declaram o imposto ou fazem a declaração simples;
  • PGBL: esse plano é para as pessoas que fazem a declaração completa com renda maior.

Com o plano de previdência VGBL, o consumidor poderá solicitar o resgate do valor investido pagando a alíquota do imposto de renda apenas sobre os rendimentos do plano. Porém, neste tipo de plano, não há benefício fiscal para restituição do imposto de renda.

O PGBL permite deduzir no Imposto de Renda até 12% da sua renda bruta, tributável e anual. Porém, terá a alíquota incidindo sobre o valor total do investimento, que é o total aplicado e os rendimentos, no pedido de resgate.

Tributação dos Planos de Previdência Privada

Para entender como funciona o plano de previdência, o consumidor também precisará saber sobre a quitação de imposto para o governo, que pode ser realizada de duas formas e vai depender da escolha do contratante.

Tributação Regressiva

Neste tipo de tributação, o percentual da alíquota devida ao imposto de renda diminui ao longo do tempo:

  • Começa com 35% em até 2 anos;
  • 30% de 2 a 4 anos;
  • 25% de 4 a 6 anos;
  • 20% de 6 a 8 anos,
  • 15% de 8 a 10 anos;
  • 10% após 10 anos de investimento.

Tributação Progressiva

A alíquota desse plano é fixa e é ideal para os contratantes que pretendem resgatar o investimento antes de 10 anos ou não sabem por quanto tempo vão continuar fazendo os depósitos.

Estratégias de Gestão

Existem várias estratégias de gestão dos planos, que podem ser de renda fixa, multimercado, balanceados ou renda variável. Cada um terá um nível de risco.

Cada carteira vai depender do perfil e objetivo dos contratantes e cada gestor do plano vai oferecer de acordo com o que o cliente definir.

  • Renda fixa: esses fundos vão buscar um retorno com aplicações em ativos de renda fixa, por exemplo, as debêntures, títulos públicos, CDBs (Certificado de Depósito Bancário), e outros.
  • Multimercado: nesses fundos, os recursos são aplicados em diversos tipos de ativos, de diferentes mercados, que seguirão regras específicas.
  • Balanceados: esses fundos vão buscar um retorno a longo prazo com investimento em ativos como ações, renda fixa ou câmbio.
  • Ações: quem investir nesse tipo de fundo, vai precisar aplicar ao menos 67% em uma carteira com ações e outros ativos.

Já o perfil de investidor pode ser dividido em 3: conservador, moderado ou agressivo:

  • Conservador

O investidor conservador prioriza a segurança em suas aplicações, preferindo investimentos de baixo risco, para preservar o seu patrimônio.

  • Moderado

O investidor moderado gosta da segurança, mas já possui tolerância a riscos de longo prazo, possuindo mais conhecimento do mercado.

  • Agressivo

O investidor agressivo está mais acostumado com perdas a curto prazo, tolerando bem, e entende que são necessárias a longo prazo.

Ele possui conhecimento de mercado e busca sempre a melhor rentabilidade.

Como funciona o resgate?

O resgate do valor acumulado do plano de aposentadoria privada pode ser solicitado em qualquer prazo, porém, há carências que podem variar de acordo com o próprio tipo de plano e instituição financeira.

Para quem contribui regularmente durante todo o contrato do plano de aposentadoria, o valor pode ser resgatado de uma vez ou por meio de parcelas mensais. Essas retiradas podem ser temporárias ou vitalícias.

É preciso ficar atento, porque no caso das retiradas temporárias, a renda poderá ser suspensa se o titular do plano falecer.

Cuidados na contratação da Previdência Privada

As pessoas interessadas na contratação de um plano de Previdência Privada devem ficar atentas a alguns fatores antes de escolher: rentabilidade, taxas cobradas e carências para resgate de valores.

Para que o consumidor tenha mais transparência no momento de escolher o plano, a SUSEP (Superintendência de Seguros Privados) divulga uma listagem do desempenho dos fundos de investimento privados. A classificação de cada fundo considera performance ajustada ao risco.

Além da rentabilidade do fundo, o contratante conhecerá outras bases técnicas, como taxas de juros e tábua biométrica, que são utilizadas na composição de cada produto.

Os rendimentos dos planos de Previdência Privada vão variar de acordo com o tipo de estratégia adotada na gestão. Porém, no ano passado, apresentaram um rendimento, em média, de 11%.

Visão da Executiva

Se você quer entender como funciona o investimento em previdência privada, as vantagens, riscos e procedimentos para fazer, teremos o maior prazer em atendê-lo.

Vamos percorrer detalhadamente qual é o seu perfil, tipos de plano que podem ser escolhidos e seus objetivos ao fazer essa contratação.

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